21/02/2018
O lixo coletado em 15 municípios da região é levado para outras cidades e pode viajar quase 300 km antes de ser descartado. Isso ocorre porque não há aterros sanitários licenciados das próprias prefeituras. Para cumprir a lei e destinar o lixo corretamente elas licitam e terceirizam esse serviço. Das 18 cidades da região atendida pelo escritório regional do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), 15 levam o lixo para outras cidades.
São apenas dois aterros licenciados para resíduos domiciliares na região. Um público, da Prefeitura de Guarapuava, que está regular e atende somente a cidade de Guarapuava. O outro é privado, em Laranjeiras do Sul. Os resíduos de Laranjeiras são depositados no local, por meio de um contrato com a empresa detentora do empreendimento.
Em Virmond a situação é preocupante, pois o lixo é jogado em um vazadouro, um lixão. É a única cidade da região que está nessa condição, segundo o IAP. Em agosto de 2017 um relatório do IAP apontava que três municípios da região estavam irregulares.
"Turvo e Marquinho já tem uma situação já revertida, adotaram o transbordo de resíduos para um aterro licencido pareticular. Somente Virmond precisa se adequar, já há possibilidade de em breve os resíduos serem destinados para um aterro", disse à reportagem da Rádio Cultura Marco Antônio, do IAP.
Transbordo
Os demais municípios levam o lixo para longe. Depois da coleta nas casas o lixo é levado para um espaço de transbordo. Esse tipo de operação é mais fácil de ser licenciada. Trata-se de um espaço para armazenagem temporário dos resíduos.
"Os municípios tem optado pelo transbordo por ter um menor custo operacional, o município fica com a responsabilidade pela coleta e triagem dos resíduos, educação ambiental e por manter uma estrutura relativamente barata, com piso e coleta de chorume para que uma empresa faça a destinação correta", disse marco Antônio.
Pinhão, por exemplo, destina os resíduos para Chapecó, já que a empresa que venceu a licitação é da cidade catarinense. A distância é de cerca de 290 Km entre as cidades. O município já está trabalhando na definição construção de um aterro próprio.
Em Prudentópolis o lixo é levado para Pirai do Sul, na região dos Campos Gerais. São 180 km em caminhões para fazer a destinação final dos resíduos.
Em todos esses casos, além do custo da coleta nas casas os municípios precisam pagar para o transporte e destinação final. Os custos variam de acordo com a licitação.