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Dom Giovanni Zerbini completa 93 anos de vida

O religioso é o terceiro bispo da diocese de Guarapuava. Ele se tornou emérito no dia 2 de julho de 2003, após apresentar renúncia, prevista no código de Direito Canônico por causa da idade (75 anos).

29/12/2020

Hoje, terça-feira, dia 29 de dezembro, o bispo emérito de Guarapuava, Dom Giovanni Zerbini está de aniversário. Ele completa seus 93 anos de idade.

Ouça uma entrevista com dom Giovanni na Cultura FM realizada na manhã desta terça-feira (29)

A diocese de Guarapuava, em nome do bispo Dom Amilton Manoel da Silva, saúda o religioso pela dedicação e amor dispensados à Igreja, através de suas quarenta e sete paróquias, além das diversas comunidades e instituições.

Em agosto de 2016, Dom Giovanni, que morava no bispado, mudou-se para uma residência de sua congregação (Salesianos de Dom Bosco), em Araçatuba, São Paulo. Meses depois, não se adaptando à nova cidade, o religioso retornou a Guarapuava e atualmente reside no Seminário Nossa Senhora de Belém, bairro Santana.

Ele é o terceiro bispo desta que é a maior diocese do Paraná. Ativo, ele nunca deixou de trabalhar, mesmo depois de ter se tornado bispo emérito.

SOBRE O BISPO

Dom Giovanni, que nasceu em Chiari, na Itália, em 29 de dezembro de 1927. Desde muito cedo, tinha a certeza de que o sacerdócio seria a extensão de sua vida, uma mescla perfeita entre corpo e alma.

No dia 29 de junho de 1956, foi ordenado padre pela Congregação Sociedade de São Francisco de Sales – Salesianos de Dom Bosco (SDB). No mesmo ano, foi designado para trabalhar no Brasil, País que adotou como sua segunda pátria. Trinta e nove anos depois, em 19 de fevereiro de 1995, foi nomeado bispo de Guarapuava, ocupando, portanto, a terceira vaga do bispado da diocese.

Dom Giovanni atuou à frente da Instituição Religiosa até o dia 02 de julho de 2003, quando então assumiu as funções, Dom Antônio Wagner da Silva, o mais novo bispo emérito da diocese.

A educação e a organização sempre se fizeram presentes na vida de Dom Giovanni. Quando assumiu a diocese, as questões administrativas foram priorizadas já de início pelo bispo.

Com experiências de outras regiões onde havia trabalhado, o bispo primou pela unificação das paróquias. Através de reuniões e explanações para a comunidade, ele criou o Estatuto e Regimento da Diocese. Em seguida, houve a publicação do material e a distribuição às comunidades. Os funcionários e os representantes do Conselho Diocesano para Assuntos Econômicos (CODAE) e Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos (COPAE) foram o público alvo da publicação que foi estudada com atenção e os ensinamentos adquiridos, aplicados no dia a dia.

Os resultados foram imediatos. Questões como a regulamentação do Dízimo, manutenção e preservação do patrimônio paroquial, remuneração dos funcionários, normas administrativas, normas para a realização das festas nas comunidades, dentre outros temas, passaram a ser vistos com maior profundidade e estudados à luz do material publicado.

As visitas pastorais também compõem as boas lembranças do bispado de Dom Giovanni. No período em que esteve à frente da diocese, todas as paróquias e capelas, além de muitas escolas, institutos educacionais e empresas receberam a visita pastoral de Dom Giovanni.

O trabalho com os coroinhas também foi fator marcante durante seu tempo de atuação. Muitas vocações foram despertadas a partir deste contato das crianças e adolescente com a Igreja, segundo informações de muitas pessoas das comunidades.

“Uma das coisas que considero muito marcante quando se fala de Dom Giovanni, é sua humildade. Dom Giovani nunca teve receios de pedir perdão quando percebia que cometera um erro. Também sempre se mostrou aberto a perdoar qualquer desavença que pudesse acontecer. De inteligência brilhante ele sempre esteve preocupado com todas as questões da diocese e foi capaz de unificar as paróquias mostrando que com estudo e dedicação, qualquer problema pode ser resolvido”, detalhou Padre Reonaldo Pereira da Cruz, que trabalhou diretamente com Dom Giovani exercendo a função de ecônomo da diocese a convite do próprio bispo.

Durante os oito anos em que trabalhou em prol da diocese de Guarapuava, o religioso foi capaz de cativar a comunidade que reconhece de forma vibrante, seu carinho e dedicação em favor da Igreja.

Dom Giovanni apresentou sua renúncia conforme o Direito Canônico no dia 2 de julho de 2003.

Ele optou por permanecer no Brasil e continuou a morar bispado da diocese de onde continuou exercendo diversas funções até o mês de agosto de 2016 quando decidiu morar na casa de sua congregação em Araçatuba, São Paulo. Meses depois, não se adaptando àquela cidade, o bispo decidiu voltar para Guarapuava e atualmente mora no Seminário Nossa Senhora de Belém, bairro Santana.

Além de seu trabalho pastoral, Dom Giovanni também é reconhecido por sua atuação no campo do conhecimento. Muitos são seus escritos publicados acerca da Igreja Católica nos diferentes temas. Com a força que lhe é nata, Dom Giovanni desconsidera a idade cronológica e as dificuldades do dia a dia, olha para frente e vislumbra, a cada momento, novos horizontes a serem descortinados.

Ao longo de sua jornada repleta de amor a Deus e pelo trabalho exercido, Dom Giovanni demonstra, com certeza, que o bem viver está em se renovar a cada dia que passa, em buscar motivos, mesmo que mínimos para ser feliz e, por conseguinte, fazer com que todos ao seu redor também se sintam felizes e plenos de paz de espírito.

Além de bispo, Dom Giovanni tornou-se membro das famílias de toda a região. E a família, por sua vez, é uma das razões de seu apostolado. Ele costuma dizer sempre que: “Se a família é saudável, a sociedade é saudável”.

 

Diopuava

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