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ARTIGO: Como se cuidar das falsas notícias que circulam na internet?

Como você já sabe, todo o católico tem um compromisso com a verdade, pois o próprio Jesus nos ensinou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertarᔠ(Jo 8,32).

26/03/2021

Todos os dias somos apresentados às falsas notícias que circulam na internet, conhecidas como “fake news”. Algumas delas, que circulam no meio católico, são ataques aos bispos, às vezes taxados de comunistas; algumas delas são ameaças sobre o fim do mundo, ou ainda críticas sobre a Campanha da Fraternidade, difamação das vacinas, alertas contra comunismo, e não para por aí. De modo geral são mensagens que metem medo nas pessoas, anunciam desastres e sugerem revoltas.

Como você já sabe, todo o católico tem um compromisso com a verdade, pois o próprio Jesus nos ensinou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32). Mas com tantas informações circulando nas redes, às vezes a bestialidade é confundida com a verdade. Com uma formação sociológica e histórica deficiente, alguns leigos ou até mesmo religiosos destoam da Igreja e, às vezes, dizem coisas que agradam determinado grupo, com o qual estão alinhados do ponto de vista político e ideológico. O assunto não demora muito para viralizar na internet. A palavra daquele pregador tido como polêmico pelos seus adeptos, logo soa como mais importante que a pregação do padre do local, da CNBB que fala em nome da maioria dos bispos do Brasil, e até mesmo do Papa.

Por uma questão de sensatez, tome como exemplo uma ameaça à família. Quem seria o primeiro a se manifestar? Quem deveria merecer crédito? Sem dúvida, você vai concordar comigo, que o pai e a mãe devem ou deveriam ser escutados. A mesma situação deve suceder na Igreja. Quaisquer dúvidas ou perigos sobre comunismo, Campanha da Fraternidade, a quem devemos escutar? Será que vamos escutar alguns religiosos que falam isoladamente ou vamos dar preferência ao bispo da diocese em sintonia com a CNBB e com o Pontífice? Eu prefiro estar em sintonia com a maioria dos bispos que caminham com o Papa, do que ouvir mensagens de pregadores revoltados ou arcaicos.

Temos um compromisso com o Evangelho de Jesus, que é a boa nova para edificação da vida das pessoas. Difundir mentiras é contribuir para com a cultura da violência e negar o compromisso cristão com a verdade que liberta. Observe mais uma comparação com a vida em família. Quando alguém da família está doente, o que a gente faz? Vai buscar garrafada de remédio lá com o curandeiro do fundo de quintal, para tratar o doente, ou vai procurar o melhor especialista da saúde que existe para lhe ajudar? Certamente, por amor, vai buscar o profissional. A mesma coisa deve ocorrer no campo da fé. Se nossa missão é evangelizar, precisamos nos certificar sobre a qualidade do conteúdo recebido, antes de passar para frente. Somos responsáveis pela saúde espiritual dos nossos irmãos.

Para lhe ajudar, deixo algumas dicas para evitarmos as “fake news”.

1º Passo: quando o conteúdo é atribuído a alguém conhecido, verifique se aquilo procede ou se trata de uma montagem proposital.

2º Passo: quando se trata de alguém desconhecido, procure conhecer a pessoa. Verifique se ela está em comunhão com a diocese que pertence. Se o nome da pessoa tem respaldo no meio católico.

3º Passo: avalie o conteúdo da mensagem recebida. Verifique se está em sintonia com a CNBB e com aquilo que o Papa ensina.

Por fim, procure acessar sites como da CNBB, site da TV Aparecida e, sobretudo, o site da diocese. Feito isso, você poderá se certificar sobre aquilo que realmente a Igreja ensina e fugir das “fakes news”, religiosas que circulam em nosso meio.

Padre Gilson José Dembinski

Parapsicólogo, pós-graduado em Bíblia e Ensino Religioso Escolar

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